LETRAS DE MÚSICAS DE ALUIZIO MACHADO PARA OFICINA DO DIA 21/05/2009




Bumbum Paticumbum Prugurundum (G.R.E.S. IMPÉRIO SERRANO - 1982)
Aluízio Machado
Composição: Aluísio Machado / Beto Sem Braço


Bumbum paticumbum prugurundum

O nosso samba minha gente é isso aí, é isso aí

Bumbum paticumbum prugurundum,

Contagiando a Marquês de Sapucaí (Eu enfeitei )

Enfeitei meu coração (enfeitei meu coração )

De confete e serpentina

Minha mente se fez menina

Num mundo de recordação

Abracei a coroa imperial, fiz meu carnaval,

Extravasando toda a minha emoção

Óh, Praça Onze, tu és imortal

Teus braços embalaram o samba

A sua apoteose é triunfal

De uma barrica se fez uma cuíca

De outra barrica um surdo de marcação

Com reco-reco, pandeiro e tamborim

E lindas baianas o samba ficou assim

Com reco-reco, pandeiro e tamborim

E lindas baianas o samba ficou assim

E passo a passo no compasso o samba cresceu

Na Candelária construiu seu apogeu

As burrinhas, que imagem, para os olhos um prazer

Pedem passagem pros moleques de Debret

As africanas, que quadro original

Iemanjá, Iemanjá, enriquecendo o visual( Vem meu amor)

Vem, meu amor, manda a tristeza embora

É carnaval, a folia, neste dia ninguém chora

Super Escolas de Samba S/ASuper-alegorias

Escondendo gente bamba

Que covardia!



E verás que um filho teu não foge à luta (G.R.E.S. IMPÉRIO SERRANO - 1996
Aluízio Machado
Composição: Aluísio Machado, Lula, Beto Pernada, Arlindo Cruz, Índio do Império



O povo diz amém

É porque tem

Um ser de luz a iluminar

O moderno Dom Quixote

Com mente forte vem nos guiar

Um filho do verde esperança

Não foge à luta, vem lutar

Então verás um dia

O cidadão e a real cidadania

Quero ter a minha terra, ô ô ô

Meu pedacinho de chão, meu quinhão

Isso nunca foi segredo (bis)

Quem é pobre tá com fome

Quem é rico tá com medo

Vou dizer...

Quem tem muito, quer ter mais

Tanto faz se estragar

Joga no lixo, tem bugica pra catar

Senhor, despertai a consciência

É preciso ter igualdade

O ser humano tem que ter dignidade

Morte em vida, triste sina

Pra gente chega de viver a severina

Junte um sorriso meu, um abraço teu

Vamos temperar

Uma porção de fé, sei que vai dar pé

Não vai desandar

Amasse o que é ruim, e massa enfim

Vai se libertar

Sirva um prato cheio de amor

Pro Brasil se alimentar

Eu me embalei, pra te embalar

No balancê, balancear

Vem na folia (vem, vem, vem) (bis)

Chegou a hora de mudar

O meu Império vem cobrar democracia



Eu Quero
Aluízio Machado
Composição: Aluisio Machado, Luiz Carlos do Cavaco e Jorge Nóbrega


Eu quero, a bem da verdade

A felicidade em sua extensão

Encontrar o gênio em sua fonte

E atravessar a ponte

Dessa doce ilusão(Quero, quero, quero sim)

Quero que meu amanhã, meu amanhã

Seja um hoje bem melhor, bem melhor

Uma juventude sã

Com ar puro ao redor (bis)

Quero nosso povo bem nutrido

O país desenvolvido

Quero paz e moradia

Chega de ganhar tão pouco

Chega de sufoco e de covardia

Me dá, me dá

Me dá o que é meu

Foram vinte anos

Que alguém comeu (bis)

Quero me formar bem informado

E meu filho bem letrado

Ser um grande bacharel (bacharel)

Se por acaso alguma dor

Que o doutor seja doutor

E não passe de bedel

Cessou a tempestade

É tempo de bonança

Dona liberdade

Chegou junto com a esperança (vem, meu bem)

Vem meu bem, vem meu bem

Sentir o meu astral, que legalHoje estou cheio de desejo

Quero te cobrir de beijos

Etecetera e tal (bis)


A Humanidade
Velha Guarda do Império Serrano
Composição: Aluísio Machado


A humanidade entrou em choque

Ninguém se entende mais

Os homens na face da terra

Não querem paz, só pensam em guerra

Querem alcançar o infinito

Querem conseguir o que não está escrito

O mal suplantou a bondade

A mentira superou a verdade

Quem tem muito quer ter mais

Quem não tem resta sonhar

Quem não estudou é escravo

De quem pôde estudar

Os direitos humanos são iguais

Mas existem as classes sociais

Eu não sou de guerra, sou de paz

Quero trabalhar para poder ter

É tendo que a gente pode dar

Eu quero ser livre e liberar

Eu quero estudar e aprender

Eu só quero aprender para ensinar


Pisa Como Eu Pisei
Composição: Zeca Pagodinho/Beto S/Braço/Aluísio Machado


Chega como eu cheguei

Pisa como eu pisei

No chão que me consagrou

Olha que lei é lei

Lei que eu nunca burlei

Pois Deus me designou

Ao me ver já diz que me conhece

Sem saber bem quem eu sou

Conhece mas desconhece

Meu real interior

Eu só verso e sou reverso

Sou partícula do universo

Sou prazer, também sou dor

Eu sou causa, eu sou efeito

Eu sou torto, eu sou direito

Enfim, eu sou como eu sou

Vem na pureza do vento

Vem na luz que o sol reluz

Sonho que me conduz

Ao choro nos pés da cruz

De tudo que faz a vida

Desmerecer a razão

E meus olhos se confundem

Em ver tanta ingratidão

Chega então...


Se Liga, Doutor
(Beto Sem Braço / Aluizio Machado)

Enfeitaram de arroz e flores becos e vielas
É a festa na favela
A pretinha donzela hoje vai se casar
Pisando sobre pétalas de rosas
Lá vai a pretinha dengosa se encontrar
Com a felicidade no altar

Lá vai ela sob o ecoar do sino da capela (Bis)

Fadada naquele vestido branco
Sob a grinalda, um branco véu
A suntuosidade misturava-se
Com dádivas que Deus manda do céu

Esta cena presenciei no juramento
Que tocou meus sentimentos
Mexeu com meu coração
Minha lágrimas rolaram
E se misturaram com a poeira do chão

Ai, seu doutor
No morro não é só batizado, não, senhor
Lá tem lindos casamentos
Tem o seu convívio social
Mas é preciso que a dona sociedade
Se compenetre da verdade
E não torne o morro assim tão marginal

Lá vai ela...



O Suburbano
(Aluísio Machado ? Beto-sem-braço)
:
Láia Láia!
Láia Láia!
Láia Láia! Láia Láia! Láia Láia! 2X

O SUBURBANO QUE JÁ NASCE POBRETÃO
QUE SE GUIA COM AS PROMESSAS DO PARTIDO DA ILUSÃO 2X(REFRÃO)

E... GENTE BOA SE LEMBRA DE MIM ?
SOU FILHO DO SEU MORGADO DONO DAQULE BUTIQUIM
ONDE TEU PAI BEBIA FIADO VÊ SE TU LEMBRA DE MIM

EU SOU O MORGADO FILHO E JUNTOS FOMOS CRIADOS
VAI DIZER QUE NÃO SE LEMBRA DO FILHO DO SEU MORGADO


VAI DIZER QUE NÃO SE LEMBRA DO FILHO DO SEU MORGADO!

MAS MUDANDO DE CONVERSA
VAMOS AO QUE INTERESSA
NESSE PAPO INFORMAL
NINGUÉM MELHOR QUE VOCÊ POR FAVOR NÃO LEVE A MAL
PARA TRABALHAR COMIGO SER MEU CABO ELEITORAL
É QUE ESTE SEU AMIGO VAI SER DEPUTADO ESTADUAL!

(REFRÃO)...

E QUANDO ELEITO EU FOR VAIS PASSAR A FILÉ MINGON
OS BURACOS DESSA RUA COM ASFALTO VOU TAPAR


lUZ DE CARNIOM NA PRAÇA VOU MANDAR BOTAR

O MORGADO FOI ELEITO E AGORA É EXCELÊNCIA
NÃO SE ENCONTRA O DANADO NEM MARCANDO AUDIÊNCIA
NÃO SE ENCONTRA O DANADO NEM MARCANDO AUDIÊNCIA!

(REFRÃO)

O MORGADO FOI ELEITO E AGORA É EXCELÊNCIA
NÃO SE ENCONTRA O DANADO NEM MARCANDO AUDIÊNCIA
NÃO SE ENCONTRA O DANADO NEM MARCANDO AUDIÊNCIA!


Escasseia
(Aluísio Machado / Zé do Maranhão)

O santo que faz milagre também castiga
O chão que dá flores também dá urtiga
A mulher que ama também odeia
E tudo que dá em abundância escasseia

Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia

Você me deu uma volta na reviravolta lhe dou volta e meia
A minha grande revolta, quem sempre recolhe não é quem semeia

Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia

No terreno baldio eu jogo entulho
E no seu desprezo eu jogo meu orgulho
Não se deve subestimar um adversário fraco
Que no jogo de xadrez peão e rei vão pro mesmo buraco


EFEITOS DA EVOLUÇÃO

Até as estações do ano
Já perderam seu valor
Primavera no outono
E faz frio no calor
Tem muito mais
Basta querer raciocinar
Imaginem, minha gente
Explodindo a bomba H
Se o mar recuperasse
Seu verdadeiro lugar
Eu, na minha ignorância
Não consigo ignorar
De que vale a inteligência
Quando a tendência é má

Vejo a dona Ciência
De braços dados com a evolução
Caminhando a passos largos
Para a exterminação
Vejo o Pólo degelar
Sinto a poluição
Vejo a guerra se alastrar
É irmão matando irmão
Se o Cristo aqui voltar
Com intenção de nos salvar
Será preso, algemado
E nem vai poder falar